.Das Vivências Compartilhadas.

AOS QUERIDOS AMIGOS... MEU DEPOIMENTO DE SER MÃE

Por Kika de Moraes

Companheiro Lucas Ferrari

Filha Linda Julieta

Obstetra Dra. Jussara

Parteira/Doula Rita Pinho

“Exausta... Foram só 60 horas de trabalho de parto, fiquei em casa até o último momento... Quando a bolsa rompeu tomei um banho e fui para o Hospital Daher (porque lá tem quarto para partos humanizados), chegamos e as dores continuavam, fiquei intercalando posições que fossem mais confortáveis que eram: de quatro e de lado.

Quando chegamos no quarto fui direto pra banheira, água adianta muito para contrações, porém o frio que eu estava era homérico (no caso do meu corpo foi assim não se generaliza), com o tempo a banheira ficava mais fria então resolvi sair e me deitar (colchão no chão, mas seguro e confortável). Então a dilatação aumentou (foi para 9 cm) e as contrações ficaram de 1 em 1 minuto, ou seja, 1 minuto de descanso outro minuto de dor (e por incrível que pareça eu estava tão cansada que consegui dormi em 1 minuto e acordar para continuar a fazer força).

Quando eu acordava levantava e ia para o lado do colchão onde se encontravam barras de ferro em diversos tamanhos fixadas nas paredes, lá eu me apoiava (com o rosto de frente para a parede e o Lucas me segurando por trás, fazendo apoio), quando passava deitava e dormia, então... 1 minuto na barra, outro minuto no colchão e esse processo durou mais ou menos 3 horas, então fui para a cadeira do parto agachado (de cócares) nela tem um buraco no meio, para o bebê não cair a Médica ou a Doula seguram embaixo da vagina... Agora o bicho pega, é só empurrar, porém eu não fiz lavagem estomacal antes pois meu parto era completamente natural, sem anestesia alguma, nem lavagem, nem soro, nem agulha (só na hora de costurar mas é depois) sendo assim antes de sair bebê, eu fiz muitas fezes e urina. E claro esse tempo todo (da cadeira) eu estava praticamente no colo do Lucas que me segurou o tempo todo (meu herói).

Fiz força... força... força... gritei no inicio, mas descobri que era perda de tempo, então poupei o fôlego e isso me ajudou a ter mas força... fiz força.. força... aaaaaiiiiii.... Senti um "anel de fogo" e escutei: - Coloca a mão coloca a mão, sente a cabeça dela! (Puths! Tinha uma cabeça saíndo no meio das minhas pernas... que sensação única), coloquei a mão senti a cabeça, e fiz a maior força que um ser humano pode agüentar, com toda garra e amor...então surgiu... um lindo bebê que foi direto pro meu colo, mamou ainda ligada ao cordão umbilical quando Lucas em seguida o cortou. Foi lindo, mágico, intenso, não dá pra explicar direito (se bem que eu tentei ser minuciosa pra vocês entenderem).

Agradeço a Deus acima de tudo ao apoio da minha família e do Lucas e aos amigos que me alegraram e fizeram da minha gestação um momento inesquecível, amamos vocês!”

Beijos da Kika do Lucas e da Linda.